Ultimamente temos recebido inúmeras notícias vindas da capital federal, seja do Legislativo, seja do Executivo ou até do Judiciário. São notícias que nos mostram claramente a que ponto chegamos. Mas além disso, e é o que nos deixa mais chateados, não vemos nenhum sinal de melhora ou se a situação irá mudar para melhor, ou se algumas leis serão aplicadas como devem ser, ou sei lá.
Não vejo com bons olhos a prática criada há 49 anos atrás quando inaugurou-se aquilo que muitos brasileiros achavam ser uma obra do século e que o país estava indo para melhor, assim, assado ou não sei mais o que. Enfim, a maioria da população via com bons olhos aquilo que ficou conhecido como 50 anos em cinco. Hoje em dia vê-se claramente o que isso significa.
Nos tempos da capital federal aqui no Rio de Janeiro as coisas funcionavam de maneira diversa. A classe política tinha moral. Era respeitada. Salvo alguns poucos que se tornaram bem conhecidos de todos, já naquela época.
A situação institucional era normal, claro que algumas coisas estranhas já apareciam na mídia, mas não era praxe. Muitos se sensibilizaram com a morte estúpida de um Getúlio Vargas. Aquilo, realmente, foi um choque para toda a nação.
Muito se fala da grandiosidade de governantes do tipo daquele já mencionado Getúlio Vargas. Responsável pela construção de uma Siderúrgica por essas paragens, aliás da primeira. Criou um órgão importante para o serviço público - DASP. Fora também responsável pela criação da Petrobrás, após farta campanha nacional denominada "O petróleo é nosso...", cuja origem se deu em 1947, quando da histórica conferência do General Julio Caetano Horta Barbosa, no Clube Militar . Aliás, naquela época era o principal insumo energético que se tinha conhecimento.
Mas, aí apareceu o Dr. Juscelino, médico mineiro natural de Diamantina, que obstinadamente pretendia construir a capital do país num planalto central. Juntou-se à gente famosa que não suscitava nenhuma dúvida sobre competência técnica.
O Dr. Juscelino também vislumbrara-se a idéia de fabricarmos os veículos rodoviários aqui no Brasil. E, também, resolveu juntar todas as empresas ferroviárias numa só estatal chamada Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA). Criou também uma Fábrica Nacional de Motores – a famosa FNM, que construía caminhões aqui na Baixada Fluminense, em Xerém.
A idéia de rodoviarismo ficou na boca do povo, tanto é que durante a construção da capital federal, iniciou-se a construção de uma rodovia ligando aquela cidade à capital do Estado do Pará. Um retão que ficou conhecidíssimo como Belém-Brasília. Ninguém questionou aquela construção, mas, ninguém opinou para construir-se uma ferrovia ali no seu lugar.
Havia muita resistência para mudar-se para Brasília, ainda mais que havíamos nos acostumado a viver nesta Cidade Maravilhosa, à beira do mar; onde tantas músicas foram criadas em sua homenagem, inclusive naquelas eras JK, quando surgiu o movimento bossa nova. Aliás apelidou-se aquele médico de “presidente bossa nova”.
Enquanto isso, a construção ia de vento em popa, ou de corrente de jato, uma vez que sua execução dependia do transporte aéreo. E quantas não foram as vezes em que JK ia e vinha de avião, prá lá e prá cá. Tanto é que a população quando via um avião no céu gritava: lá vai êle!
Mas a reação contra a construção foi crescendo. Até houve algumas insurreições nas forças armadas; na Aeronáutica, em Jacareacanga e Aragarças. O pessoal de Marinha também ficara descontente, mas acabou ganhando um porta-aviões: o Minas Gerais.
Mas, e o pessoal que trabalhava para o governo federal? Digo o funcionalismo civil. Não teriam que se mudar de mala e cuia para o planalto central? Viver de segunda a segunda naquele território inóspito? Abandonar a Cidade Maravilhosa? Os parentes também faziam a sua parte: a adolescente iria se separar da velha turma de colégio?
Houve um acordo. JK sempre condescendia. Era um apaziguador nato. Então todos foram para o planalto central! Inclusive, como todos vocês já sabem, todos os três poderes da República! É claro que alguns poucos ficaram por aqui, inclusive a RFFSA.
Hoje em dia quando se questiona o custo de um deputado federal fica-se pensando: foi sempre assim? A resposta é um redondo NÃO!
As coisas ficaram assim pois ninguém queria concluir o projeto de JK sem um algo mais – um atrativo. De que valeria uma cidade com arquitetura impecável, sucesso internacional, até tombaram a cidade, mas sem gente preparada para habitá-la?
Aí veio Jânio. Deu no que deu. Foi-se logo. Jango com parlamentarismo, reformas de base, e outras modernidades conflitantes com uma elite altamente conservadora. Onde iria acabar isso. Culpavam os militares. E êles chegaram. Permaneceram por 21 anos. Durante todo esse período as vantagens brasilienses continuavam do mesmo jeito, desde o início criado por JK. É o custo Brasíl? Não, é o custo Brasília.
Findo o período militar, veio o período dos políticos inescrupulosos que estavam hibernando no período passado. O campo já estava pronto, enquanto se especializavam, se desenvolviam. Vieram os espertalhões, depois outros, e mais outros, enfim o cofre era infinito e permanente. Tinham que continuar com suas habilidades, e foi assim que permaneceram até hoje.
Não vejo com bons olhos a prática criada há 49 anos atrás quando inaugurou-se aquilo que muitos brasileiros achavam ser uma obra do século e que o país estava indo para melhor, assim, assado ou não sei mais o que. Enfim, a maioria da população via com bons olhos aquilo que ficou conhecido como 50 anos em cinco. Hoje em dia vê-se claramente o que isso significa.
Nos tempos da capital federal aqui no Rio de Janeiro as coisas funcionavam de maneira diversa. A classe política tinha moral. Era respeitada. Salvo alguns poucos que se tornaram bem conhecidos de todos, já naquela época.
A situação institucional era normal, claro que algumas coisas estranhas já apareciam na mídia, mas não era praxe. Muitos se sensibilizaram com a morte estúpida de um Getúlio Vargas. Aquilo, realmente, foi um choque para toda a nação.
Muito se fala da grandiosidade de governantes do tipo daquele já mencionado Getúlio Vargas. Responsável pela construção de uma Siderúrgica por essas paragens, aliás da primeira. Criou um órgão importante para o serviço público - DASP. Fora também responsável pela criação da Petrobrás, após farta campanha nacional denominada "O petróleo é nosso...", cuja origem se deu em 1947, quando da histórica conferência do General Julio Caetano Horta Barbosa, no Clube Militar . Aliás, naquela época era o principal insumo energético que se tinha conhecimento.
Mas, aí apareceu o Dr. Juscelino, médico mineiro natural de Diamantina, que obstinadamente pretendia construir a capital do país num planalto central. Juntou-se à gente famosa que não suscitava nenhuma dúvida sobre competência técnica.
O Dr. Juscelino também vislumbrara-se a idéia de fabricarmos os veículos rodoviários aqui no Brasil. E, também, resolveu juntar todas as empresas ferroviárias numa só estatal chamada Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA). Criou também uma Fábrica Nacional de Motores – a famosa FNM, que construía caminhões aqui na Baixada Fluminense, em Xerém.
A idéia de rodoviarismo ficou na boca do povo, tanto é que durante a construção da capital federal, iniciou-se a construção de uma rodovia ligando aquela cidade à capital do Estado do Pará. Um retão que ficou conhecidíssimo como Belém-Brasília. Ninguém questionou aquela construção, mas, ninguém opinou para construir-se uma ferrovia ali no seu lugar.
Havia muita resistência para mudar-se para Brasília, ainda mais que havíamos nos acostumado a viver nesta Cidade Maravilhosa, à beira do mar; onde tantas músicas foram criadas em sua homenagem, inclusive naquelas eras JK, quando surgiu o movimento bossa nova. Aliás apelidou-se aquele médico de “presidente bossa nova”.
Enquanto isso, a construção ia de vento em popa, ou de corrente de jato, uma vez que sua execução dependia do transporte aéreo. E quantas não foram as vezes em que JK ia e vinha de avião, prá lá e prá cá. Tanto é que a população quando via um avião no céu gritava: lá vai êle!
Mas a reação contra a construção foi crescendo. Até houve algumas insurreições nas forças armadas; na Aeronáutica, em Jacareacanga e Aragarças. O pessoal de Marinha também ficara descontente, mas acabou ganhando um porta-aviões: o Minas Gerais.
Mas, e o pessoal que trabalhava para o governo federal? Digo o funcionalismo civil. Não teriam que se mudar de mala e cuia para o planalto central? Viver de segunda a segunda naquele território inóspito? Abandonar a Cidade Maravilhosa? Os parentes também faziam a sua parte: a adolescente iria se separar da velha turma de colégio?
Houve um acordo. JK sempre condescendia. Era um apaziguador nato. Então todos foram para o planalto central! Inclusive, como todos vocês já sabem, todos os três poderes da República! É claro que alguns poucos ficaram por aqui, inclusive a RFFSA.
Hoje em dia quando se questiona o custo de um deputado federal fica-se pensando: foi sempre assim? A resposta é um redondo NÃO!
As coisas ficaram assim pois ninguém queria concluir o projeto de JK sem um algo mais – um atrativo. De que valeria uma cidade com arquitetura impecável, sucesso internacional, até tombaram a cidade, mas sem gente preparada para habitá-la?
Aí veio Jânio. Deu no que deu. Foi-se logo. Jango com parlamentarismo, reformas de base, e outras modernidades conflitantes com uma elite altamente conservadora. Onde iria acabar isso. Culpavam os militares. E êles chegaram. Permaneceram por 21 anos. Durante todo esse período as vantagens brasilienses continuavam do mesmo jeito, desde o início criado por JK. É o custo Brasíl? Não, é o custo Brasília.
Findo o período militar, veio o período dos políticos inescrupulosos que estavam hibernando no período passado. O campo já estava pronto, enquanto se especializavam, se desenvolviam. Vieram os espertalhões, depois outros, e mais outros, enfim o cofre era infinito e permanente. Tinham que continuar com suas habilidades, e foi assim que permaneceram até hoje.
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