segunda-feira, 6 de abril de 2009

“Passa a bolsa!”


Semana passada a cidade assustou-se, mais uma vez, com o bárbaro assassinato de uma jovem de 25 anos. Vinha de um culto religioso no bairro da Penha. Eram 20 horas, quando, em companhia de seus pais, a jovem se dirigia para casa nas imediações do prédio dos Correios, lá na altura da Cidade Nova no fim da Avenida Presidente Vargas. Durante o percurso foram abordados por três indivíduos em que um deles, com uma arma nas mãos, se dirige à moça: “Passa a bolsa!”. Ela, sem oferecer qualquer resistência, entregou a mochila que portava, mas solicitou ao indivíduo que deixasse com ela o crachá de seu emprego de estagiária e sua bíblia. Naturalmente o sujeito assentiu e devolveu-lhe tais pertences. Após o fato, ordenaram ao pai, à mãe e à moça que se afastassem dali. Não se sabe por quê mas, aquele sujeito que levava a arma decidiu dar um tiro na nuca da moça, para logo em seguida, fugirem de lá.
Os pais, ao verem sua filha ensanguentada caída na calçada, se desesperam e nisso aparecem outras pessoas. Conclusão: ao dar entrada no Souza Aguiar a moça não resiste e vem a falecer.
Passados poucos dias, a polícia captura um suspeito. Os pais são chamados à delegacia para um reconhecimento daquele indivíduo. Na sala de manjamento o suspeito é orientado a repetir as palavras: “Passa a bolsa!”.
A mãe cai em prantos. É êle. Aquele indivíduo havia assassinado sua filha. Não há nenhuma dúvida.
O sujeito já com várias passagens pela polícia, e desde sua adolescência quando permanecera em instituto de proteção à infância e juventude, havia sido preso e condenado por roubo em 2004, por período de oito anos. No quarto ano, em 2008, foi posto em liberdade condicional.

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